sexta-feira, 22 de junho de 2012

"The Fighting Irish" e a serenata à chuva da "Geração de Ouro"


Junho de 2012. Dia chuvoso, a Irlanda entra em campo para defrontar  a selecção de um país da península ibérica. A quase totalidade de cada par de chuteiras dessa equipa é calçado por um génio do jogo. Nem sequer é preciso acompanhar muito de perto o futebol para  saber que os de verde têm pouquíssimas hipóteses. Aquele conjunto de jogadores, adversários deste dia, já fez história com a conquista de um Mundial e um EuropeuConsiderando unicamente o "actuação" dos adeptos nas bancadas o resultado seria bem diferente...


Novembro de 1995. Dia chuvoso, a Irlanda entra em campo para defrontar a selecção de um país da península ibérica.  A quase totalidade de cada par de chuteiras dessa equipa é calçado por um génio do jogo. Nem sequer é preciso acompanhar muito de perto o futebol para saber que os de verde têm pouquíssimas hipóteses. Aquele conjunto de jogadores, adversários  deste dia, já fez história com a conquista de dois Mundiais de sub-20

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Deixem-se de tretas, força nas canetas que o maior é PORTUGAL!

Porque continua a ser a melhor música de apoio a Portugal...

Bamos Cambada


Heróica e lusitana gente vamos em frente mas combictamente...
Va lá cambada infantes desportistas, homens de conquistas
Povo que és o meu
Bola redonda e onze jogadores em frente
Sem temores que as tácticas dou eu
Tragam as gaitas, as bandeiras e a pomada
Vamos dar-lhes uma abada, ensinar-lhes o que é bom
Vamos mostrar a esses carafunchosos
Por momentos gloriosos
Quem é a nossa selecção
Bamos lá cambada, todos à molhada que isto é futebol total
Deixem-se de tretas, força nas canetas que o maior é PORTUGAL
Bamos lá cambada, todos à molhada que isto é futebol total
Deixem-se de tretas, força nas canetas que o maior é PORTUGAL
É atacar agora e defender para fora
Eles são toscos e nem dão para aquecer
Suar a camisola e até jogar sem bola
E disfarçar para o árbitro não ver
No intervalo, solteiros contra casados, fandangos, chulas e fados
Para aprenderem como é
Durante o jogo, qualquer caso lá surgido
Só pode ser resolvido à cabeçada e ao pontapé
Bamos lá cambada, todos à molhada que isto é futebol total
Deixem-se de tretas, força nas canetas que o maior é PORTUGAL
Bamos lá cambada, todos à molhada que isto é futebol total
Deixem-se de tretas, força nas canetas que o maior é PORTUGAL
Os portugueses já provaram muitas vezes
Saber ser uns bons fregueses das grandes ocasiões
Nesta jornada nem que seja à pantufada
Nós estaremos na bancada muito mais de dez milhões
Força Portugueses!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O calcanhar que eu não vi e o jogo da bola laranja!

Uma equipa portuguesa na final da Taça dos Campeões era coisa que não se via desde aquela final do Benfica contra o Manchester United em 1968, durante o Maio da Primavera de Praga, quando Bobby Charlton derrotou Eusébio já com os Encarnados sob a maldição de Bela Guttmann.
Por isso naquele Maio de 1987 era obrigatório ver o F.C. Porto de Madjer e Futre e do guarda-redes polaco com nome esquisito. Devo ter escutado nessa altura, pela primeira vez, a gasta frase de que em  jogos Europeus torcemos sempre pelas equipas portuguesas. Seja. Eu queria era "absorver" futebol. Lembro-me que naquela altura aprendia sempre alguma coisa com os comentadores durante os jogos. Alguma regra, tácticas, histórico das competições ou antigos jogadores que não conhecia. Não sei se foi a qualidade dos "locutores" que piorou ou se sou eu que já não "absorvo" tão bem, mas a verdade é que agora não é a mesma coisa.
O que eu não contava é que a minha amiga de sempre, a velha Philco (descobri agora que quer dizer Philadelphia Company) a preto-e-branco se apaga-se de vez. A minha televisão de sempre, com a sua caixa de madeira acastanhada com umas pinceladas de preto e com os seus, penso que oito, compridos botões alinhados na vertical do lado direito do ecrã curvo do cinescópio. Tinha-me acompanhado nas intermináveis manhãs de Sábado onde me ofereceu as inesquecíveis memórias do "Dartacão" ou os desenhos animados checoslovacos apresentados por Vasco Granja e pelo caminho me ensinou a "hablar en español" enquanto me mostrava na TVE (Televisión Española) o que eram capazes de fazer em campo aqueles rapazes da madrilena "Quinta del Buitre". E logo agora, ás portas da final da Taça dos Campeões deixava-me "pendurado". Eu sabia que havia um lado bom nesta "calamidade", a próxima TV com certeza seria a cores e as barras das camisolas do Chaves nos resumos do Domingo Desportivo iam deixar de ser em dois tons de cinza. Fraco consolo para quem ficou sem o directo do "slalom" do Futre pelo lado direito e do mais famoso golo de calcanhar da história do jogo. Ainda assim, aquela vitória azul e branca comprou o bilhete para a Intercontinental, aquela épica batalha com os uruguaios do Peñarol na neve de Tóquio, e essa, apesar dos meus 10 anos e de ser madrugada em Portugal eu não iria perder, ainda por cima a cores! E nunca me irei esquecer desse jogo em que a bola era cor-de-laranja...

O Euro fica-te tão bem!




Chamam-te Czar, e bem. Mas se te chamassem "Gato" também não estaria mal, tantas vidas tu tens. Já te deram como morto e até enterrado tantas vezes. Agora cá estás tu, a caminho da Polónia/ Ucrânia. Agora que foste convocado e viram o que tu "mexes" uma equipa, vais ser titular, claro! Como serias em qualquer outra selecção ou clube. O problema vais ser que te deixem voltar a Alvalade depois de todos descobrirem o muito que tu jogas!
De qualquer maneira....O Euro fica-te tão bem!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Hugo Viana já foi o meu André Martins!

O anúncio dos eleitos. Ás oito da noite Paulo Bento aparecia em todos os canais, em todos os ecrãs do país.
Sem o entusiasmo de outros tempos, vi em directo a sucessão dos vinte e três nomes que saíam da boca do seleccionador. Sei de antemão que no dia 9 de Junho vão subir ao relvado com as quinas ao peito, salvo imprevisto, Patrício, J. Pereira, Pepe, B. Alves e Coentão, M. Veloso, Moutinho e Meireles, Nani, C. Ronaldo e Postiga. Devido a uma escassez a que já não estávamos habituados não haverá surpresas, os outros serão pouco mais que figurantes. Infelizmente não temos "Raúles Gonzales" nem "Romários" para deixar de fora. Aguardava apenas por um nome, o único que me faria reagir, que me causaria alguma ilusão. André Martins é como aquelas paixões nos anos da adolescência. A miúda nova na escola que nos ficou na cabeça desde a primeira vez que a vimos, fugazmente, no recreio. Depois foi-nos apresentada, aos poucos fomo-la conhecendo melhor, mas ainda não o suficiente para que saibamos tudo, ainda sem defeitos, ainda com espaço para a fantasia. É a sedução de um olhar, a insinuação de um decote. Hugo Viana é o oposto. Foi a paixão fulgurante daquela meia época de Sporting, aquele meio ano em que parecia que já não podíamos viver sem ele. Em 2002 ele foi o meu André Martins. Depois apagou-se. Nem Newcastle, nem Valência, nem sequer Osasuna. Representa a expectativa gorada, a relação gasta, já conhecemos todas as virtudes e defeitos, já não há espaço para mais magia. Grande de mais para o SC Braga,  não o suficientemente bom para outros patamares. O nome de André Martins não foi pronunciado naquela conferência de imprensa. As aulas acabaram e ela disse-nos que ia passar as férias fora, o derrubar das esperanças de um encontro fugidio  no calor do verão. Nem sequer a sedução de um olhar, nem sequer a insinuação de um decote. André Martins, já o estava a ver, quando a teia alemã tecida por Bastian Schweinsteiger nos começasse a enlear como de costume, a saltar do banco, a costurar de vez o meio campo português rumo à vitória. Assim, resta-me esperar que as aulas comecem novamente e ela volte a entrar pelo portão da escola, fulgurante, magnifica. A época da plena afirmação. Entretanto, e com o festival de verão da Polónia/Ucrânia a chegar à cidade, resta-me a pequena esperança que escondido nos 23 de um qualquer dos ranchos folclóricos presentes, surja um novo e desconhecido amor de verão, quem sabe um novo Arshavin, um novo Mesut Özil...